terça-feira, 22 de março de 2011

Movimentos sociais criticam Obama por ordenar ataque à Líbia

Rio de Janeiro, Brasil - A visita do Presidente norte-americano ao Brasil foi cercada de euforia e entusiasmo por muitas autoridades e analistas internacionais, mas alguns segmentos sociais criticaram Barack Obama por ordenar o ataque à Líbia em pleno território brasileiro.
"Foi uma coincidência cronológica, mas um desrespeito e totalmente constrangedor", criticou o deputado federal Chico Alencar, do Partido Socialismo e Liberdade (PSol).

Obama concluiu no domingo uma visita de dois dias ao Brasil.

"Do ponto de vista político-ideológico foi um desastre a vinda de Obama no momento em que potências lideradas pelos Estados Unidos fazem um ataque violento à Líbia, que até pouco tempo era apoiada pelos próprios EUA", argumentou o historiador, que ajudou a organizar no domingo um protesto contra o governo norte-americano.

Para Chico Alencar, este é um "jogo da hipocrisia, tal como aconteceu com Osama Bin Laden e com o próprio Saddam Hussein, que já foram aliados dos EUA".

O sinal verde dado por Obama que, de Brasília, autorizou o ataque à Líbia com 110 mísseis lançados de navios e submarinos americanos e britânicos contra 20 alvos foi "uma afronta", avaliou Socorro Gomes, presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz).

"O Brasil sempre trilhou o caminho da paz e de respeito aos povos. Obama desrespeitou o Brasil quando veio ao nosso país e declarou guerra a um outro país a partir daqui. Somos contrários por princípio na intervenção de potências em qualquer país do mundo", afirmou a historiadora.

Gomes, que também foi uma das organizadoras da manifestação contra a visita de Obama ao Brasil, que reuniu cerca de 500 pessoas no Rio de Janeiro, considera que Barack Obama continua a mesma política baseada na hegemonia e no poder militar.

"É muito importante haver homens e mulheres negras no poder, mas que sejam afinados com a política da paz, anti-guerra e de respeito aos povos. Nesse caso, o governo dos EUA, seja democrata ou republicano, não tem esses princípios", argumentou.

Fonte: portal ANGOP

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