Por Marcos Wesley
O teatro invade a comunidade OURO PRETO com a temática: TRABALHO ESCRAVO, o Grupo de Teatro do Oprimido Popular Amazônico, o T.O.P.A, que já vem realizando ensaios na comunidade OURO PRETO aproximadamente três meses, invade a comunidade levando em sua bagagem muita alegria, vontade de transformar a realidade e promover a paz.
O grupo é constituído por 14 crianças e adolescentes com idades entre 8 anos a 14 anos, todos da comunidade OURO PRETO. Oontem a comunidade teve uma visita inesperada, ou melhor, uma invasão cultural surpreendente. É que durante toda a tarde de ontem (domingo) o Grupo T.O.P.A esteve reunido na comunidade arquitetando e planejando como seria a apresentação que estaria prevista para as 19:00 hs da noite que ainda com a participação de algumas pessoas da comunidade que muito contribuiu para o êxito da apresentação, enquanto uma parte das pessoas, voluntários que ajudavam a organizar o espaço onde seria realizada a apresentação o Grupo T.O.P.A fazia um ARRASTÃO CULTURAL, uma caminhada pela comunidade chamando a atenção da comunidade para a apresentação, fazendo batuque com tambores e as crianças entregando os panfletos do grupo e convidando os moradores.
Apesar de serem da própria comunidade o Grupo teve uma certa dificuldades para convencê-los a assistir de perto o espetáculo, com a participação de um publico considerado razoável e animado, deu se inicio aquela que seria a 1ª apresentação publica daquele grupo, a platéia muito atenciosa, envolvida e muito mais surpresa por nunca terem vistos aquelas crianças apresentarem e se apresentarem daquela forma, os próprios pais ficaram surpresos e orgulhosas é claro. “eu fico muito feliz de ver minha filha participando de um grupo de teatro que é daqui da comunidade mesmo e isso é bom pra eles e pra comunidade”. Diz a mãe de uma das crianças que participa do Grupo T.O.P.A, “é bom que tenha essas atividades assim cultural e que possa envolver não só as crianças como também o bairro todo”. Diz um morador e expectador.
A apresentação contou com a mediação do então oficineiro e coordenador do projeto Eduano Santos, fazendo o papel de CURINGA, é quem faz a mediação entre a platéia e os atores transformando-os em ESPECTA-ATORES, um momento em que a platéia vira ator e dar uma solução para as problemáticas, criando possibilidades para a comunidade superar e resolver seus próprios problemas, varias situações apresentada durante a encenação, situações que muitos se identificaram ou identificaram algum caso vivido por alguém, varias provocações feitas por parte do CURINGA na intenção de que apareçam propostas para a resolução dos casos apresentados, porém poucas propostas apareceram da platéia, no entanto, podemos perceber que muitas pessoas entenderam a proposta e valorizaram o trabalho realizado pelas crianças da comunidade OURO PRETO.
Ao final das apresentações foi servido um mingau de milho e pipocas pra quem estava assistindo a peça, que o grupo conseguiu os materiais e mar de uma integrante do Grupo preparou o mingau e as pipocas.
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