segunda-feira, 11 de julho de 2011

TEATRO DO OPRIMIDO POPULAR AMAZÔNICO – T.O.P.A

Por Marcos Wesley

O teatro invade a comunidade OURO PRETO com a temática: TRABALHO ESCRAVO, o Grupo de Teatro do Oprimido Popular Amazônico, o T.O.P.A, que já vem realizando ensaios na comunidade OURO PRETO aproximadamente três meses, invade a comunidade levando em sua bagagem muita alegria, vontade de transformar a realidade e promover a paz.
O grupo é constituído por 14 crianças e adolescentes com idades entre 8 anos a 14 anos, todos da comunidade OURO PRETO. Oontem a comunidade teve uma visita inesperada, ou melhor, uma invasão cultural surpreendente. É que durante toda a tarde de ontem (domingo) o Grupo T.O.P.A esteve reunido na comunidade arquitetando e planejando como seria a apresentação que estaria prevista para as 19:00 hs da noite que ainda com a participação de algumas pessoas da comunidade que muito contribuiu para o êxito da apresentação, enquanto uma parte das pessoas, voluntários que ajudavam a organizar o espaço onde seria realizada a apresentação o Grupo T.O.P.A fazia um ARRASTÃO CULTURAL, uma caminhada pela comunidade chamando a atenção da comunidade para a apresentação, fazendo batuque com tambores e as crianças entregando os panfletos do grupo e convidando os moradores.
Apesar de serem da própria comunidade o Grupo teve uma certa dificuldades para convencê-los a assistir de perto o espetáculo, com a participação de um publico considerado razoável e animado, deu se inicio aquela que seria a 1ª apresentação publica daquele grupo, a platéia muito atenciosa, envolvida e muito mais surpresa por nunca terem vistos aquelas crianças apresentarem e se apresentarem daquela forma, os próprios pais ficaram surpresos e orgulhosas é claro. “eu fico muito feliz de ver minha filha participando de um grupo de teatro que é daqui da comunidade mesmo e isso é bom pra eles e pra comunidade”. Diz a mãe de uma das crianças que participa do Grupo T.O.P.A, “é bom que tenha essas atividades assim cultural e que possa envolver não só as crianças como também o bairro todo”. Diz um morador e expectador.
A apresentação contou com a mediação do então oficineiro e coordenador do projeto Eduano Santos, fazendo o papel de CURINGA, é quem faz a mediação entre a platéia e os atores transformando-os em ESPECTA-ATORES, um momento em que a platéia vira ator e dar uma solução para as problemáticas, criando possibilidades para a comunidade superar e resolver seus próprios problemas, varias situações apresentada durante a encenação, situações que muitos se identificaram ou identificaram algum caso vivido por alguém, varias provocações feitas por parte do CURINGA na intenção de que apareçam propostas para a resolução dos casos apresentados, porém poucas propostas apareceram da platéia, no entanto, podemos perceber que muitas pessoas entenderam a proposta e valorizaram o trabalho realizado pelas crianças da comunidade OURO PRETO.
Ao final das apresentações foi servido um mingau de milho e pipocas pra quem estava assistindo a peça, que o grupo conseguiu os materiais e mar de uma integrante do Grupo preparou o mingau e as pipocas.





domingo, 10 de julho de 2011

Criação de Estados aumenta gastos do governo federal

No Congresso tramitam Projetos de Decreto Legislativos que propõem a criação de 11 Estados e de quatro territórios federais. Uma nova divisão de territórios estaduais poderia criar os Estados do Gurgeia, do Maranhão do Sul e do Araguaia, por exemplo. Estas propostas procuram beneficiar as populações locais, mas custam caro, tanto para a região alterada quanto para o governo federal, que deve arcar com a criação de novas vagas na Câmara e no Senado, para ficar só nas despesas imediatas.
Só a manutenção de um Estado, que considera despesas como o pagamento de servidores públicos e verbas para deputados estaduais e governador, custa em média R$ 995 milhões por ano. “É quase um bilhão que, em vez de ir para a população, vai para gabinetes e estruturas”, afirma o pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) Rogério Boueri, que elaborou a estimativa.
Além desse custo de manutenção, os Estados devem arcar também com a instalação da máquina pública e com investimentos em infraestrutura para que o novo Estado possa se desenvolver economicamente, especialmente nas regiões pouco habitadas.
Em um estudo publicado em 2008, Boueri observou que os Estados gastam, em média, 12,75% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para se manter. Alguns dos Estados propostos pelos parlamentares brasileiros extrapolariam essa conta. O Estado do Rio Negro, por exemplo, precisaria de 140% do valor do seu PIB somente para manter suas estruturas estaduais funcionando, de acordo com estimativa do pesquisador. “Esses Estados já nascem deficitários”, diz.
No caso de os Estados não serem capazes de se manter, quem paga a conta é o governo federal. “O Estado do Tocantins, por exemplo, recebeu subsídios do governo federal por cerca de dez anos até poder se manter com as próprias pernas”, exemplifica Boueri.
Além de uma possível ajuda financeira, o governo federal teria que arcar também com a criação de mais três vagas de senadores por Estado. Se os onze Estados propostos no Congresso chegarem a existir, haverá 33 cadeiras a mais no Senado. Na Câmara também poderia haver aumento do número de parlamentares. Hoje, a quantidade é fixa e as vagas são distribuídas de acordo com a população de cada unidade da federação. Mas há um mínimo de oito deputados por Estado e, por causa disso, poderia ser necessário aumentar o número de cadeiras.
O governo federal bancaria ainda novas superintendências regionais de órgãos públicos, além de seções da Justiça Federal em cada Estado. Até a logística e o orçamento do Tribunal Superior Eleitoral precisariam ser reforçados com a chegada de mais governadores e deputados estaduais.
No estudo em que Boueri analisa os custos e a viabilidade econômica dos Estados, ele conclui que somente o Estado do Triângulo, em Minas, seria viável economicamente. De 2008 para cá, alguns desses projetos foram arquivados e outros foram propostos e reativados. Na lista atual de Estados propostos, o pesquisador acrescenta o Estado da Guanabara no ranking dos que poderiam se sustentar sozinhos.

Dinheiro direto

A justificativa para a divisão de Estados apresentada em vários projetos é que regiões isoladas ou distantes do poder central do Estado recebem menos investimentos e não têm acesso adequado a infraestrutura e serviços, como boas escolas e hospitais.
Mas, para o pesquisador do Ipea, essa argumentação não é consistente. “É válido querer melhorar a vida das pessoas, mas a criação de estados em localidades pouco habitadas e com baixo índice de atividades econômicas vai trazer a melhoria a um custo muito alto”, diz. O custo a que o pesquisador se refere será coberto, em parte, pelo governo federal “às custas do Brasil e inclusive de regiões pobres”.
Como soluções mais eficientes para as regiões que não recebem investimento adequado, Boueri defende a criação de Fundos Regionais voltado para localidades mais pobres ou um acordo para remeter de volta a essas regiões todo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que é arrecadado nelas. “A mesma benfeitoria da criação do Estado poderia ser feita com a criação de um fundo com metade da verba que é gasta na manutenção do Estado”, diz.
Ele afirma ainda que os territórios federais seriam menos onerosos do que os Estados porque têm uma estrutura administrativa menor. Amapá, Acre, Roraima e Rondônia já funcionaram assim antes em um modelo em que o gestor local era indicado pelo governo federal.
 Fonte: www.ig.com.br

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Após mortes no campo, 131 ameçados foram incluídos em programas federais de proteção

Depois das mortes de ativistas ambientais e trabalhadores rurais no Norte do país este ano, 131 pessoas ameaçadas passaram a receber proteção policial por meio de programas do governo federal na região. A informação foi dada nessa terça-feira pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
O grupo foi identificado a partir do cruzamento de dados fornecidos pela Comissão Pastoral da Terra (CPT, ligada à Igreja Católica) e por movimentos de trabalhadores rurais com registros das ouvidorias Agrária Nacional e a da própria secretaria.
Um levantamento feito pela CPT contabiliza 641 casos de violência no campo, com 918 mortes, em estados da Amazônia Legal, de 1985 a abril deste ano. Do total, somente 27 casos foram a julgamento, menos de 5%. Nesse período, 18 mandantes de crimes e 22 executores foram condenados e 17 executores absolvidos. O Pará têm o maior número de vítimas dos conflitos, com 621 pessoas assassinadas. Em todo o país, ocorreram 1.580 mortes no campo nos últimos 26 anos, de acordo com a entidade.
No fim de maio, quatro ambientalistas foram assassinados no Norte, três no Pará e um em Rondônia. A morte do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo na zona rural de Nova Ipixuna (PA) ganhou repercussão nacional. Na época, a presidenta Dilma Rousseff determinou o envio de equipe da Força Nacional para conter a violência no campo. E a CPT apresentou ao governo uma lista de 165 pessoas que foram ameaçadas mais de uma vez. Destas, 30 tinham sofrido tentativa de assassinato.
Maria do Rosário disse que, junto com outros ministérios, tem buscado formas de colaborar com autoridades responsáveis para que inquéritos policiais e processos judiciais sobre mortes no campo tenha andamento. “O mais importante é garantir que aqueles que ameaçam sejam identificados, responsabilizados e punidos. Entre os que ameaçam hoje, estão também alguns que já mataram em outros momentos e ficaram impunes”, reforçou a ministra, que preside reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).
Na reunião, foi aprovado o envio de uma comissão para pedir ao governo de São Paulo a reabertura das investigações sobre as mortes de quase 500 pessoas no estado em maio de 2006, conhecidas como "crimes de maio", em decorrência de conflitos entre a polícia e a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Fonte:  Agência Brasil, 05-07-2011