quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Direito Negado ao Carnaval

Na onda neoliberal, onde o estado (governos) é mínimo, e que tudo deve ser feito e regulado pelo próprio mercado, Paragominas vive então um momento mais forte do seu estado neoliberal, ou seja, tudo que aqui é  pensado, organizado e regulado pela economia de mercado.
Como outros fatores na sociedade, o direito a diversão, ao lazer e a cultura, assim como outras politicas públicas, também são negados como direitos de todos, e agora um bem privatizado, pois com a onda insana iniciada desde de 1992 no Brasil,  sofremos pois, com a venda do nosso patrimônio cultural, social, econômico e ambiental, e consequentemente negamos a todos, os que não tem dinheiro, aos que não tem a mesma oportunidade, aos que não tem emprego, aos abandonados pela mesma sociedade que se vangloria ter melhorado a vida de muitos, (quem são os muitos?).
Pena ver que o nosso carnaval mudou para o mês de Maio ou Junho, quando é conveniente para a indústria, que se beneficia com a dor e tristeza dos que não podem pagar e nem tão pouco se sentiria contemplado, pois as festas não são para todos.
O carnaval brasileiro, fruto do direito a cultura, ao lazer, ao entreterimento com segurança, tudo que qualquer trabalhador tem direito, passou a gora ser expropriado por um grupo de empresas que com a expropriação do carnaval, vendem seus produtos. No entanto, o governo (agora mais que mínimo) só serve para baixar a cabeça para as empresas, sejam elas grandes ou pequenas, o que importa é que nesse momento, não existe nada menor que o povo, povo este que perdeu o seu direito a tradição e os valores que lhes ensinaram a ser patriota e cidadão.
Um lugar, que tido como um munícipio bom para ganhar dinheiro, não é o mesmo lugar, bom para os que adotam como sua terra natal, e não estou falando de empresas, estou falando de gente, de pessoas de famílias.
Sei também, que muita gente, não gosta de carnaval, aqui em Paragominas e em muitos lugares do País, no entanto, é um dever do estado, garantir o direito a todos, os gostam e os que não apreciam, pois não se pode deixar de garantir um direito por menor que seja o seu público.
No Brasil, o carnaval, não é só uma data, não é só um momento, tem valores, tem tradição, tem vida, alegrias e novas esperanças, ainda que a televisão em muitos momentos mostre outros elementos, o carnaval é algo que motiva, e torna o povo, que de tão sofrido chega a ser deprecisso, face, aos maus salários, a falta de emprego, a vida escrava que muitos vivem, a negação aos seus direitos e outros mais.
Podemos fazer o que quiser em todos os meses do ano, com as bandas e com todos os seus artificios, mas carnaval da tradição é de direito garantido historicamente pelo estado, é só no mês de Fevereiro, e antes de ser uma data, é um direito de todos, mesmo os que não gostam e, por isso, deve ser garantido pelos governos, sobre tudo o governo municipal.

Autor: José Wilson Alves

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

FEIRA AMAZÔNIA DE ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA


A  Rede Capim de Economia Popular Solidária se prepara para a sua 3ª Feira e Seminário de EPS na região, com o tema “ECONOMIA POPULAR SOLIDARIA CONSTRUINDO UM MUNDO DIFERENTE”, desta vez contará com a participação de aproximadamente 40 empreendimentos vindos de varias parte do Estado do Pará.

A Feira será realizada de 09 à 11 de Abril do corrente ano, no município de Paragominas.  A mesma será marcada por dois importantes momentos: primeiro o seminário, com o processo de formação  e troca de experiências com os grupos, momento também de debates e oficinas diversas relacionadas ao tema. O segundo momento será de exposição e comercialização, onde os empreendimentos trarão seus produtos que ficarão a mostra. Este momento contará com oficinas culturais e apresentações culturais, Capoeira, Dança de Carimbo, Teatro do Oprimido, etc.

Esta atividade conta com o apoio direto do Instituto Marista de Solidariedade, Instituto Popular Amazônico, Cáritas Brasileira Regional Norte II e Governo do Estado. O IPA- Instituto Popular Amazônico junto com a Cáritas Brasileira em Paragominas funcionam como entidades assessoras da Rede Capim, que hoje tem em seu bojo 10 (dez) grupos solidários.

A primeira vez que foi realizada a Feira, em Paragominas, contamos com a participação de representantes do Movimento Nacional de Economia Solidária, que contribuíram com assessoria. Na segunda edição desta, no município de Ulianópolis, tivemos a participação de empreendimentos da Região Metropolitana de Belém, que contribuíram com o debate e puseram a disposição produtos que serviram como novidade para os grupos da região.

Estes são espaços importantes conquistados e/ou construídos pelas redes no estado do Pará tem fortalecido ainda mais este modelo de economia que valoriza não somente os produtos, mais principalmente as pessoas que participam da produção dos mesmos, são peças que ganham, no processo de produção, sentimentos, carinho...e com certeza respeitam o meio ambiente.

A realização desta, no ano de 2010 vem  fortalecer e ampliar estes espaços, construído por pessoas que não tiveram oportunidade neste  “modelo de desenvolvimento capitalista” vigente, que estimula a competitividade, tornando as pessoas inimigas umas das outras, e não conseguindo mais viver sem que tenha a disputa como meio.